Lua Azul

No dia 31/07/2015 eu fotografei a tão falada Lua Azul. Mas na foto a lua está amarela! Bom, Lua Azul é a expressão usada para designar a segunda lua cheia que ocorre em um mesmo mês.

Agora, como esta foto foi feita?

Qual foi a câmera e qual foi a lente monstro?

A câmera foi a Canon 5D MARK II, a lente foi a Tamron 70-300 VC e um tripé (muito importante!)

Nesse dia eu sabia exatamente o local e a hora que a lua iria aparecer, com a ajuda do aplicativo Moon Trajectory. Alguns minutos antes montei meu tripé e encaixei minha câmera, desliguei o estabilizador de imagem da lente e liguei o live view, com a câmera no modo manual. Escolhi a abertura de f/5.6, ISO 800 e fui testando algumas velocidades de exposição até parar em 1/30. Com o live view ligado esperei a lua surgir às 19:19h, fiz o foco mais preciso o possível com a ajuda do botão do zoom do visor e comecei a disparar. O movimento da lua é muito rápido e em 10 segundos ela já tinha saído totalmente do enquadramento que eu desejava, consegui umas 15 fotos.

Hora da edição. Quem já tem experiência na fotografia sabe que uma lente com 300mm em uma full frame não capta uma lua desse tamanho, o segredo é o recorte, a foto foi recortada em 1/4 do tamanho original, resultando uma imagem com aproximadamente 5mega pixels, depois de alguns ajustes nas ferramentas de brilho e contraste a foto estava pronta.

 

 

Fotografia Noturna - Longa exposição

Fotografar o céu e captar as estrelas não é uma tarefa difícil. Para conseguir captar todas as cores e luzes da noite é necessário um pouco de planejamento e aproveitar as oportunidades.
Quando vejo um céu limpo e estrelado não perco tempo, pego a câmera e saio para fotografar sempre carregando meu tripé. Tripé! Esse é o segredo para a fotografia noturna dar certo. Não podemos esquecer de detalhes que poucos se lembram na hora de fazer uma fotografia a noite, primeiro é deixar a câmera e a lente no modo manual, segundo usar o live view da câmera e o zoom do visor para fazer o foco o mais preciso possível. Tente fazer o foco em um ponto luminoso ou gire o anel de foco da lente até a marca infinito e não mexa mais.
Geralmente eu uso 30 segundos de exposição e aberturas que variam de f/5.6 a f/2.8 para captar estrelas, para outros temas o limite é a bateria.
Nas três fotos abaixo eu usei os seguintes equipamentos:
Câmera: Canon 5D MARK II
Lente: SAMYANG 14mm
Tripé: VELBOM

Mt.Fuji - A Montanha Sagrada

No dia 14 de agosto fui fazer uma escalada no Mt.Fuji - essa seria a quarta vez que eu subiria esse vulcão e não seria uma novidade - então decidi fazer uma rota diferente chamada de rota dos peregrinos, a primeira rota feita para alcançar o topo do Mt.Fuji, com 500 anos. Essa rota tem 20km e se inicia no templo Kitaguchi Hongu Sengen em Fujiyoshida. Dizem que este templo é dono de todo o terreno do vulcão (não encontrei uma fonte confiável para confirmar essa informação).
A subida começa na entrada do templo passando por um caminho cheio de lanternas de pedra vulcânica, depois passei por um Tori gigante e fui beber a agua do templo que sai da boca de um dragão. Passei pelo templo principal e por dois cedros gigantes, depois o caminho fica parecendo uma caminhada em um parque, nesse momento a chuva começou. Como estamos no verão e a chuva vai e vem muito rápido decidi continuar essa empreitada. Quatro quilômetros depois do templo passei por uma antiga casa de chá e nesse ponto a caminhada no pavimento virou uma trilha na floresta, caminhei por mais três quilômetros e encontrei um senhor de 70 anos que estava fazendo aquele caminho pela terceira vez, ficamos conversando por 5 minutos e continuei minha caminhada pois o tempo estava ficando feio. Chegando na terceira parada comecei a encontrar mais pessoas que chegavam de carro por uma outra rota, nesse ponto começa a aparecer memoriais de pedra, toris (portais) e estatuas, também tem algumas ruinas de antigas paradas, após alguns quilômetros a chuva começa a virar uma tempestade e muitas ruinas de antigas paradas estão registradas somente em minhas memorias. Na quarta parada minha água havia acabado e ainda faltava uma hora e meia de caminhada para chegar na quinta parada onde tinha uma loja com restaurante e lugar para trocar de roupa. Nesse momento e peguei minha garrafa de saque que eu estava guardando para a chegado no topo e mandei ver. Chegando na quinta parada fiquei mais de uma hora esperando a chuva dar uma trégua pois estava usando minha ultima muda de roupa. Faltando apenas 1.500 metros ou quatro horas de caminhada tive que desistir e fui a caminho da parada dos ônibus chamada de gogo me ou quinta parada (passei por umas 3 paradas onde estava escrito GOGOME) somente essa ultima tem os ônibus que levam as pessoas para iniciarem a subida. Resumindo, não pude terminar o editorial a Mt.Fuji a Montanha Sagrada mas no ano que vem tentarei a sorte novamente.

 Entrada do templo com um corredor de lanternas feitas de pedra vulcânica

 

Fonte de água com dragão

Tori (portal) gigante (foto arquivo)

 

 Templo Kitaguchi Hongu Sengen

 

 Cedro com mais de mil anos

 

  Início da caminhada

 

 

Antiga casa de chá

 

   

Início da trilha

 

 Antiga parada desativada

 

 

 Antiga parada desativada

 

Quinta parada

 

Quinta parada com terminal de ônibus

Fotografando exposições

Sempre que é permitido faço questão de registrar as exposições que visito. É importante saber com antecedência se é permitido usar equipamento fotográfico em uma exposição, essa informação é fundamental pois dá para escolher o equipamento a ser usado. Na grande maioria das exposições que registrei levei a Canon G12 que é uma câmera compacta mas tem uma boa qualidade de imagem. Na exposição ChinaArteBrasil que aconteceu na OCA levei uma câmera mais afinada a Canon 5D MARK II e as lentes 50mm f1.4, 14mm f2.8, 24-70 2.8  e um tripé - nesse caso permitido para essa exposição.
Geralmente vou duas vezes nas exposições que é permitido fotografar, uma é para curtir e desfrutar da exposição sem me preocupar em tirar fotos e na segunda eu vou só para fotografar.

Exposição ChinaArteBrasil

 

 

 Exposição Stanley Kubrick no MIS

 

 Exposição no SESC Consolação fotografo japonês Eikoh Hosoe

Maio Fotografia no MIS

Triptico - Arquitetura e pessoas

Essa pequena série fotográfica (tríptico) foi conseguida em um único dia no Viaduto Costa e Silva (Minhocão) em São Paulo.
Um lugar muito interessante e rico em paisagens e pessoas. Todos os domingos o Minhocão é fechado para os carros e se transforma em uma grande área de lazer.

Restauração de fotografia

Esse projeto de restauração é um experimento para fim de curiosidade e treino. Não sou restaurador profissional.
Duas pessoas foram necessárias para fazer esse trabalho eu no trabalho de correção de tons, nitidez, perspectiva, manchas e Erica Kogiso no trabalho de clonagem (que é de longe o mais difícil).
Para esse experimento foram utilizados dois programas o Lightroon e o Paint Shop Pro. O processo se resumiu em clonar áreas danificadas, aumento de nitidez, apagar manchas e correção de tons.
Não existe uma fórmula universal para restauração de imagens, cada caso usa uma técnica diferente e o tempo pode variar de horas há semanas.
Para quem quer começar a trabalhar com restauração de imagem a dica é ter paciência, trabalhe com programas mais baratos ou utilize versões trial de programas mais completos como o Photoshop, não saia comprando programas ou Hardware caros.

Fotografando desfile de moda

Fotografar desfile de moda não é uma tarefa simples, muita coisa influencia na qualidade da imagem e a principal é a luz.
Primeiro vou destacar os problemas e logo na sequencia as soluções que encontrei.
Contra luz: parece que aquela luz foi direcionada para atrapalhar o fotógrafo. Caso o contra luz esteja nas laterais um parasol resolve mas, caso a luz esteja diretamente apontada para quem está registrando o evento o correto é pedir para desligar essa luz, não dá para produzir um bom trabalho com esse tipo de luz.
Falta de luz: na maioria das vezes é esse o cenário que o fotografo encontra. Alguns eventos não permitem o uso do flash, nesse caso a solução é ter uma boa lente e uma boa câmera que suporte ISO elevados 3200, 6400, quanto maior melhor. Quem deseja fazer esse tipo de evento tem que ter equipamento profissional, outro acessório indispensável é o monopé.
Roupas com muito brilho ou totalmente brancas: o brilho não tem jeito, o máximo que podemos fazer é minimiza-lo na pós edição, já as roupas totalmente brancas eu faço a medição da luz no branco do vestido, muitas vezes acontece de aparecer vários tons de branco um atrás do outro e cada um é uma medida diferente.
Luzes com várias cores que vão mudando a cada minuto: esse é o terror para o fotógrafo que vai ter que fazer o balanço de branco para cada foto individualmente.
Passarela com piso preto ou branco que por descuido dos montadores ou por ter um piso onde as modelos se trocam sujos resultando em um piso manchado: Isso ocorre mais em desfiles de faculdades e escola de moda e é um problema que vai acarretar horas de trabalho no computador para limpar aquelas manchas.
Outra dica é fotografar a frente e as costas do vestido.
Abaixo postarei algumas fotos de um desfile onde tive todos esse problemas.
Equipamentos:
Câmera: Canon EOS 5D MARK II
Lente: Fixa 50mm 1.4 Canon
Monopé

Fotografando filme 35mm - fotografia de negativos

Digitalizando negativos 35mm com câmera digital.
Nesse trabalho utilizei a câmera Canon Canonet QL19 e o filme Kodak TRI-X 400 P&B
Essa dica é ótima para quem quer fazer contatos ou mesmo trabalhar a imagem a partir do negativo. O processo é bem simples, usei uma câmera digital, lente macro 90mm, uma lanterna, tripé e um suporte para fixar o negativo esse foi feito com uma embalagem de pé de moleque.
Para fazer uma imagem positiva utilizei o programa photoshop.

 

Abaixo está a gambiarra pronta e com a câmera encaixada no tripé. Um cuidado importante que eu tive na montagem desse suporte foi deixar as arestas que eu recortei sem rebarba, para isso utilizei uma lixa de unha, também encapei os cantos com fita isolante. O resultado ficou perfeito, o negativo desliza no suporte.